Num cenário de alta complexidade produtiva e tributária, precisamos encontrar oportunidades para aumentar nossas margens de receita, sem necessariamente aumentar nossos custos. É então que entra a Gestão da Produção!

Essa tarefa não é uma ciência exata. Ela demanda testes, análises e controle integrado de todos os setores produtivos da sua indústria.

Por isso, neste artigo, vamos cobrir os componentes do Custo Brasil, estratégias para aumentar a margem de receita produtiva, além de ferramentas para análise e desenho de soluções.

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Desafio da Gestão da Produção

Planejamento tributário

O primeiro grande desafio das indústrias brasileiras é o fiscal. O próprio governo federal mantém atualizado, um gráfico de mandala com os componentes do Custo Brasil.

Claramente, a mandala nos mostra que o ambiente jurídico-regulatório e os tributos a serem honrados, são componentes de peso. Se somados ao “acesso a serviços públicos”, o custo dos três ultrapassa os valores investidos em capital humano e infraestrutura.

Isso significa que, para fazer negócios no Brasil é preciso ter um planejamento tributário muito bem estruturado. E é por isso, que ele se encaixa como a primeira estratégia para aumentar a margem de receita da sua empresa!

Confira a composição do Custo Brasil:

Mandala de composição do Custo Brasil
Disponível em: clique aqui

Capital Humano

O segundo componente da estratégia, é o capital humano.

Num mundo extremamente veloz e inovador, o consumo o acompanha. Dessa forma, para dar conta de todo esse volume produtivo e encontrar alavancas de negócio, seu melhor investimento é no capital humano.

Portanto, empresas que enxergam seus funcionários como um diferencial competitivo e não como custo, estão na liderança de seus mercados e o motivo é simples:

  • Elas oferecem um ambiente que estimula os indivíduos a se qualificarem e lhes dá espaço para inovar.
  • E como resultado elas têm produtos melhores, mais performance e maior fatia do mercado.

Não caia na armadilha:

“E se eu investir e eles forem embora?”.

A resposta para essa pergunta, é uma outra pergunta:

“E se você não investir e eles ficarem?”.

Confira essa matéria sobre o tema, publicada pelo SEBRAE em 2016 – clique aqui.

Infraestrutura e Produção

Outro componente que impacta diretamente nos seus resultados, é a infraestrutura e linha produtiva!

Estes são os departamentos da sua empresa, sobre os quais você tem mais controle. Bem como, são eles que reservam algumas das melhores oportunidades de aumento de receita e/ou margem.

Mas como acessar essas oportunidades?

Temos três formas comprovadas de fazer isso:

  • Você precisa de dados! Sendo assim, tenha um sistema ERP que traga os números da sua linha produtiva. Eles são o ponto de partida para a gestão da produção, permitindo desenhar soluções e testar hipóteses.
  • Automações produtivas. Não se engane, automação produtiva não é igual a máquinas e robôs, apenas. Elas também estão vinculadas por exemplo, a processos mais fluídos e enxutos, melhor qualidade de dados por setor, além de uma visão 360º da sua empresa.
  • Modernização do parque fabril. Somente após as análises dos dados produtivos é que desenhamos hipóteses e soluções. Assim, uma “simples” alteração no Layout produtivo pode ter um impacto direto nos seus resultados.

Vamos entrar um pouco mais a fundo nos dados. Afinal, precisamos deles para tomarmos as melhores decisões.

Dados na Gestão da Produção | Sistema ERP

Vamos ser diretos neste tópico. DADOS SÃO FUNDAMENTAIS!

Por isso, pense em como você toma decisões do tipo:

  • Ampliar o quadro de efetivos;
  • Comprar novos maquinários;
  • Alterar layout fabril;
  • Abrir novos mercados;
  • Qualificar mão-de-obra etc.

Nenhuma delas deve ser tomada por impulso ou achismos, e por isso, sem dados concretos, você está às cegas num ambiente onde os seus concorrentes enxergam com precisão.

Entretanto, ao implantar um sistema de gestão da produção, você volta ao jogo. Agora, com um melhor monitoramento, dados por centro de custos, integração das etapas produtivas e setores, além da clareza sobre a saúde do seu negócio.

Depois que o sistema estiver “rodando” na sua empresa, é hora de aplicar ferramentas de análise e implantação. Vamos conferir!

Análises e Soluções | Baseadas em Dados

Agora que você já possui dados da sua produção, o primeiro passo para fazer uma análise assertiva é definir indicadores chave.

Esses indicadores mostram sua performance e gargalos, e por isso, trouxemos algumas sugestões gerais de indicadores:

  • Tempo de produção (por lote e unitário / geral e por centros produtivos);
  • Volume de produção (geral e por centros produtivos);
  • Índices de desperdício e retrabalho;
  • Capital humano por operação.

O interessante é criar e manter um histórico desses indicadores, assim você avalia a performance atual e cria projeções para cenários futuros.

5W2H

Para criar planos de ação, uma das metodologias mais difundidas é a do 5W2H.

Você com certeza já se deparou com ela.

Basicamente, essa ferramenta é um checklist de atividades e prazos a serem atendidos pelas pessoas responsáveis pela implantação do projeto. Assim, ela irá organizar e centralizar as atividades do plano de ação.

Além disso, o bom é que você pode aplicar a metodologia sem ter a necessidade de um programa ou software. Basta clicar e baixar o modelo que criamos:

Modelo 5W2H Infosoft Sistemas | Clique para baixar
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Diagrama de Ishikawa

Por fim, temos a famosa “Espinha de Peixe” ou Diagrama de Ishikawa.

Bom, analisando os dados, você percebe que o seu tempo de produção, para o produto “x” está 3x maior que o habitual. Entretanto, tudo parece normal na sua linha.

O que poderia estar causando esse aumento no tempo de produção?

É aí que entra o diagrama de Ishikawa.

Ele irá te ajudar a encontrar a raiz do problema, para que você possa tratar a causa e não apenas o problema em si. A ferramenta abrange 6 variantes:

  1. Mão de Obra (histórico, atividade e perfil por exemplo);
  2. Material          (componentes para fabricação);
  3. Máquina         (histórico do maquinário, estado e manutenção);
  4. Medida             (métricas de monitoramento do processo);
  5. Meio                (ambiente onde o problema está inserido);
  6. Método           (de planejamento e acompanhamento daquela etapa).
Modelo de Diagrama de Ishikawa Infosoft Sistemas | Clique para baixar
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Assim, junto do seu time responsável, vocês irão levantar as hipóteses referentes ao problema e aplicar a ferramenta para encontrar a causa e tratá-la.

Por isso reforçamos que, para realizar uma gestão eficiente da produção, você precisa de dados!

Consistência | Gestão da Produção

Esta é possivelmente a melhor estratégia de gestão da produção que podemos te passar – consistência!

Uma vez implantado um sistema ERP, você tem mais inteligência e controle a disposição.

Assim, seus resultados serão aparentes no médio a longo prazo. Por isso, somente a consistência das ações é que irá criar uma cultura forte de excelência produtiva e resultados replicáveis.

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Autor – Vinícius Cato Mariano